Síndrome Cólica
04/05/2013
A séculos os cavalos foram domesticados com o intuito de auxiliar como força de tração na agricultura e meios de transporte, nas guerras e mais posteriormente como esporte. O intestino dos equídeos em geral é uma estrutura complexa e com algumas particularidades.
1. Lábios e boca - extremamente seletivos e adaptados a comer perto do chão gramíneas e pequenas leguminosas.
2. Estômago - relativamente pequeno para o tamanho do animal suportando não mais que 12 a 15 litros de ingesta.
3. Intestino - muito comprido 27 a 30 metros e preso somente em um ponto no teto da cavidade abdominal pelo mesenterio.
4. Intestino grosso - extremamente pesado e também relativamente com pouca sustentação dependo muito dos órgãos adjacentes para sua organização.
Com isso, animais que viviam nos campos e pradarias pastando e caminhando até 18 horas por dia e com alimentação composta basicamente de gramineas e leguminosas foram bruscamente estabulados sendo restritos a alguns metros quadrados e sua alimentação modificada a feno, grãos e água na maioria das vezes não da melhor qualidade.
Tais mudanças, em que o organismo eqüino nao teve tempo de adaptação, geram um estresse fisiológico em que juntamente com a má qualidade das forragens e grãos oferecidos assim como a da água podem acarretar a síndrome cólica.
Existem vários tipos de cólica, podendo acometer todos os segmentos do intestino onde podem ser brandas ou não poucas vezes desastrosas e até fatais dependendo do segmento intestinal acometido. As cólicas brandas muitas vezes são resolvidas apenas com manejo clinico e medicamentos, contudo, na maioria das vezes as mais graves os animais precisam de ser submetidos a cirurgia para a resolução por se tratar de vida ou morte.
Se tratando de uma urgência e emergência médica o atendimento de um cavalo que possui a síndrome cólica tem que ser sistemático e ágil, quanto mais cedo o diagnóstico for alcançado, mais cedo começará o tratamento especifico.
Em se tratando de síndrome cólica existe um jargão em que a cada dia se torna mais real.
"Tempo é vida"
Diogo Rizzo - Médico-Veterinário Residente R2 do Hospital de Eqüinos.
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