RADIOLOGIA NA MEDICINA EQUINA
04/05/2013
As ondas de raio x foram descobertas em 8 de novembro de 1895 por um físico alemão de nome Wilhelm Conrad Röntgen (1845-1923). Tal descoberta foi percebida durante um experimento sobre luminescência produzida por raios catódicos em um tubo de Crookes. O equipamento utilizado era guardado junto a caixas de filme negro.
O Dr. Wilhelm percebeu que quando fornecia energia ao tubo este emitia radiação e as chapas fotográficas eram marcadas. Descobriu também que ao colocar objetos opacos a luz visível entre o aparelho e o filme, estes diminuíam mas não eliminavam a chegada de radiação aos filmes percebendo uma enorme capacidade de penetração. Não se contendo pediu que sua esposa colocasse a mão entre o aparelho e o filme. O resultado foi uma revelação surpreendente. A foto revelava a estrutura óssea de uma mão humana. Essa foi a primeira radiografia, nome dado pelo criador para a descoberta em 8 de novembro de 1895.
Na Medicina Humana assim como na Medicina Veterinária mais especificamente na Medicina Equina os raios X são utilizados nas análises das condições dos órgãos internos, pesquisas de fraturas, tratamento de tumores, câncer (ou cancro), doenças ósseas, etc. Por isso tal tecnologia ganhou o Prêmio de Invenção de Todos os Tempos pelo Museu de Ciências de Londres em novembro de 2011.
Desse tempo até os dias atuais o aparelho criado por Wilhelm sofreu evolução exorbitante onde as doses de radiação foram adequadas e se tornaram específica para cada procedimento desejado.
Até a década de 70 as imagens radiográficas eram estritamente analógicas, onde um filme, impregnado com sais de prata, era utilizado entre e então revelado mergulhando-o em uma substancia química em uma câmara escura. Esse sistema tem freqüentemente exigências de exposição muito rígidas devido à gama estreita de profundidade de brilho dos filmes e hipóteses muito reduzidas de processamento de imagem.
A partir da década de 70 com o invento da Tomografia Computadorizada iniciou-se a obtenção de imagens digitais onde muitas modalidades passaram a utilizar de tal tecnologia. Os sistemas de radiografias digitais oferecem a possibilidade de obtenção de imagens com exigências de exposição muitas menos rigorosas do que os sistemas analógicos. No sistema de aquisição convencional as imprecisões em termos de exposição provocam normalmente o aparecimento de radiografias demasiado escuras, demasiado claras ou com pouco contraste, são facilmente melhoradas com técnicas digitais de processamento e exibição de imagem.
As formas de aquisição de uma imagem radiográfica digital são duas:
• Radiografia Computadorizada – CR (do inglês Computerized Radiology) - Neste processo, utilizam-se os aparelhos de radiologia convencional (os mesmo utilizados para produzir filmes radiográficos), porém substituem-se os “chassis” com filmes radiológicos em seu interior por “chassis” com placas de fósforo.
• Radiografia Digital – DR (do inglês: Digital Radiology) - Imagens adquiridas por aparelhos de raios-X que, ao invés de utilizar filmes radiográficos, possuem uma placa de circuitos sensíveis aos raios X que gera uma imagem digital e a envia diretamente para o computador na forma de sinais elétricos.
As vantagens dos sistemas de radiografia digitais podem ser divididas em quatro classes:
1º) Facilidade de exibição da imagem – Na radiografia digital a imagem vai ser mostrada em um monitor, ou até no próprio emissor de ondas em aparelhos super modernos, em vez do processo tradicional de expor o filme contra a luz.
2º) Redução da dose de raios-X – Ajustando-se a dose para que a imagem tenha uma relação sinal ruído conveniente, consegue-se uma diminuição real da radiação absorvida pelo paciente.
3º) Facilidade de processamento de imagem – O aumento do contraste ou a equalização por histograma são técnicas digitais que podem ser usadas. A técnica de subtração de imagens pode remover grande parte da arquitetura de fundo não desejado, melhorando assim a visualização das características importantes da radiografia.
4º) Facilidade de aquisição, armazenamento e recuperação da imagem – Armazenamento em bases de dados eletrônicas, facilitando a pesquisa de dados e a transmissão para longas distâncias, usando redes de comunicações de dados.
No ano passado o mais uma vez com seu vanguardismo priorizando a qualidade de atendimento ao cliente o Hospital de Equinos CLINILAB adquiriu um aparelho de Radiologia Digital (DR) de última geração da marca Cuattro. O Uno 2 (Figura 2) tem o diferencial de além de mostrar imagens instantâneas, essas são exibidas no próprio emissor, assim conseguimos realizar alguns estudos radiológicos ortopédicos como do boleto, articulação metacarpo falangeana, em menos de um minuto!
Diogo Rizzo - Médico-Veterinário Residente R2 do Hospital de Eqüinos.
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Figura 2 - aparelho Cuattro Uno 2 |
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