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ESPAÇO DO CRIADOR

 

AIE

19/05/2013

 

A Anemia Infecciosa Equina ou AIE, também chamada de “Febre dos pântanos”, é uma doença infecto-contagiosa causada por RNA vírus, caracterizada, principalmente, por períodos febris e anemias, que se manifestam de forma intermitente.

 

O vírus, uma vez instalado no organismo do animal, nele permanece por toda a vida mesmo quando não manifestar sintomas.

 

Trata-se de uma doença incurável e a legislação pertinente (Instrução normativa nº 45), preconiza o sacrifício dos animais soropositivos.

 

O vírus sofre mutação antigênica logo após sua entrada no organismo do animal, provocando a formação de novas variantes e impossibilitando qualquer tratamento ou vacinação, como ocorre em humanos na síndrome da imunodeficiência adquirida , AIDS.

 

 

Informações importantes:

 

  • Hospedeiros: equino, muar, asinino (qualquer raça, sexo, idade)
  • Fonte de infecção: sangue infectado
  • Secreções e excreções contaminadas pelo vírus: leite, sêmen, saliva, urina
  • Vias de transmissão: mucosas oral e nasal (feridas ou intactas)

 

A transmissão requer transferência de células sanguíneas infectadas. Isso ocorre nas seguintes situações:

  • Picada de insetos hematófagos - Cadeia natural de infecção: Tabanídeos (mutuca), mosca do estábulo
  • Sangue de um animal infectado
  • Agulhas, seringas reutilizadas
  • Arreios, esporas, embocaduras
  • Placenta (da mãe para o potro)
  • Sêmen (acasalamento durante a doença clinica)

 

  • Transmissão Égua- Potro: A égua pode infectar seu potro tanto através de contaminação intrauterina, ou logo após o nascimento através do colostro; nessa situação deve-se avaliar por exames sorológicos se o potro realmente foi infectado e, se o mesmo não estiver, deve-se separá-lo da égua e alimentá-lo por aleitamento artificial para que não corra o risco de ser infectado da forma tradicional.

 

Os principais sinais clínicos são:

  • Inespecíficos: depressão, perda de peso, debilidade progressiva, anorexia, fadiga, fraqueza.
  • Específicos: anemia (hemolítica) e leucopenia, petéquias nas mucosas, icterícia, edemas, taquipnéia, febre intermitente ou picos febris.
  • Animais portadores: são assintomáticos (sem sintomas).

 

O diagnóstico laboratorial é feito pela sorologia através do teste de Coogins ou IDGA (Imunodifusão em gel de Agar). O resultado é Positivo ou Negativo e é dado em 48 horas.

 

Nos casos de animais soropositivos, a propriedade é interditada e o animal eutanasiado. Para que haja desinterdição da propriedade são necessários 2 testes negativos de todo o plantel.

 

Para prevenir a ocorrência de AIE deve-se: realizar exames periódicos (validade 60 dias), não permitir entrada de animais sem exame, realizar a quarentena animais recém-introduzidos, não reutilizar seringas e agulhas, promover a higienização de arreios, embocaduras, esporas, realizar o combate aos vetores hematófagos e o isolamento de animais suspeitos.

 

O trânsito interestadual de equídeos e participação de eventos equestres (feiras, exposições, leiloes), somente é permitido quando os animais estão acompanhados da Guia de Trânsito Animal (GTA). Atualmente, na Bahia, para a emissão da GTA para equídeos, com 6 (seis) meses ou mais de idade, é obrigatória a apresentação dos exames negativos de AIE e Mormo, e atestado de vacinação contra Influenza.

 

Msc M.V. Candida Conrado Siqueira

 

 

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